"Eles poderiam estar olhando bem na nossa cara e simplesmente não os reconheceríamos. O problema é que estamos procurando por algo muito similar a nós, presumindo que eles pelo menos tenham a mesma matemática e tecnologia. Eu suspeito que possa haver vida e inteligência lá fora em formas inconcebíveis para nós. Bem como os chimpanzés não podem compreender a teoria quântica, pode haver aspectos da realidade que estejam além da capacidade de nossos cérebros."
Embora os sinais tenham se espalhado longe o suficiente para alcançarem sistemas estelares próximos, eles estão rapidamente desaparecendo com o nascimento da tecnologia digital, disse Drake. Na década de 1960, Drake liderou a conversão do Observatório de Arecibo para um centro de astronomia a rádio. Como pesquisador, Drake esteve envolvido nos primeiros trabalhos sobre pulsares.
Drake também projetou, em parceria com Carls Sagan, a placa que foi enviada ao espaço profundo junto com a sonda Pioneer em 1972. A placa foi projetada para ser compreendida por extraterrestres, caso eles a encontrem.
Milan Cirkovic, do Observatório Astronômico em Belgrado, aponta que a idade média de planetas terrestres na Via Láctea é de aproximadamente 1,8 giga-anos (um bilhão de anos) maior do que a idade da Terra e do Sistema Solar, o que significa que a idade média de civilizações tecnológicas deveria ser maior do que a idade da civilização humana, pela mesma quantidade. A vastidão deste intervalo indica que um ou mais processos devem suprimir a observabilidade de comunidade extraterrestres.
Sendo que neste momento não há direta e/ou aparentemente ampla evidência de que vida extraterrestre exista, isto provavelmente significa uma das seguintes situações:
A) Nós somos os primeiros seres inteligentes que se tornaram capazes de fazer nossa presença conhecida, e de sair de nosso planeta. Neste momento, não há outras formas de vida lá fora tão avançadas como nós. Ou talvez a vida extraterrestre exista, mas por algum motivo ela seja tão rara e esteja tão longe, que nunca faremos contato, o que a torna não existente no sentido prático.
B) Ou, muitas civilizações avançadas existiram antes de nós, mas sem exceção, elas por algum motivo desconhecido existiram e/ou se expandiram de tal forma que agora estão completamente indetectáveis por nossos instrumentos.
C) Ou, têm havido outras civilizações, mas elas se depararam com algum tipo de 'bloqueio' que eventualmente as destruiu, ou pelo menos impediu sua expansão além de uma área pequena.
Já que a localização da Terra no espaço e no tempo parece ser meramente aleatória, a proposta "A" parece ser muito improvável. Presumindo-se que os humanos evoluíram como as outras formas de vida até o presente estado, devido a seleção natural, então não há realmente nada místico, especial ou extraordinário sobre nosso desenvolvimento como uma espécie. Devido aos grande números, é quase certeza que há outros planetas capazes de suportar pelo menos alguma forma de vida. Se esse for o caso, então, de um ponto de vista estatístico, para os terráqueos serem a primeira espécie a deixar sua marca no Universo é incrivelmente improvável.
Para a situação "B" ser a correta, a lógica seria desafiada. Se potencialmente milhares, ou até mesmo milhões de civilizações extraterrestres avançadas existirem no Universo conhecido, então porque todas elas, sem exceção, escolheriam expandir ou existir de tal maneira que fossem completamente indetectáveis? É concebível que algumas poderiam ser, ou talvez até mesmo a maioria, mas para todas elas serem completamente indetectáveis também não parece ser provável.
A situação "C", de alguma forma, parece ser mais provável do que a "A" ou a "B". Se a sobrevivência do mais forte seguir o mesmo curso em outros mundos, então nossa própria natureza 'civilizada' poderia ser de alguma forma típica de civilizações extraterrestres que tenham existido, ou ainda existam.
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