A descoberta tem implicações em diversos campos da ciência e pode, no futuro, ajudar milhões de pessoas e animais que sofrem com dores crônicas
Os pesquisadores criaram uma forma de ligar e desligar a dor com a ajuda de um simples feixe de luz fluorescente.
Um artigo sobre o assunto foi publicado na revista científica Nature Biotechnology. Com ajuda de uma terapia genética conhecida como optogenética, os cientistas inseriram proteínas sensíveis à luz - as opsinas - nas terminações nervosas de camundongos.
Após algumas semanas, esses nervos ficaram sensíveis à luz. Então, os animais foram colocados um por um em uma pequena câmara de acrílico com um chão transparente.
Quando a luz azul brilhou através do chão, os ratos se encolheram ou gritaram sinalizando que sentiam dor. Mas a dor logo foi interrompida quando os camundongos foram banhados pela luz amarela, que foi projetada para bloquear os impulsos nervosos.
A descoberta tem implicações em diversos campos da ciência e pode, no futuro, ajudar milhões de pessoas e animais que sofrem com dores crônicas.
A dor é a principal razão para pessoas procurarem médicos. E os médicos não podem fazer muito além de receitar analgésicos que podem ter péssimos efeitos colaterais.
No entanto, ainda existem muitos obstáculos antes de liberar um tratamento optogenético para a sociedade. Isso porque pode ser difícil atingir algumas células nervosas diretamente com a luz. Os cientistas precisam fazer novos experimentos de modificação genética antes de que qualquer tratamento esteja disponível.
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